Festival Moto Brasil 2025 reúne mais de 65 mil pessoas no Riocentro e movimenta R$ 3,5 milhões em negócios
- Victor Freitas

- 11 de set.
- 4 min de leitura
Em três dias de evento no Rio de Janeiro, o Festival confirmou sua relevância como plataforma estratégica do setor de duas rodas, integrando negócios, turismo, cultura, entretenimento e responsabilidade social

O Festival Moto Brasil 2025, 13ª edição reforçou seu status de um dos maiores encontros do universo duas rodas no Brasil. Realizado no Riocentro, no Rio de Janeiro, entre os dias 5 e 7 de setembro, com abertura especial na quinta-feira para a Avant-Première, o evento recebeu mais de 65 mil visitantes, entre profissionais do setor, imprensa, influenciadores, motogrupos e motoclubes (mais de 500 cadastrados previamente), além de um público espontâneo expressivo, especialmente no sábado, o dia de maior movimento.
Ao todo, foram gerados R$ 3,5 milhões em negócios durante os dias de Festival, valor que deve aumentar nos próximos meses a partir das negociações iniciadas no evento. Para Gustavo Lorenzo, organizador do FMB, o resultado comprova a importância do encontro:
“Esse resultado mostra a relevância do FMB como espaço estratégico de desenvolvimento do setor, com impacto direto em toda a cadeia produtiva. A Megastore também foi uma surpresa positiva e um verdadeiro facilitador para que o consumidor atualizasse seus equipamentos básicos de segurança, como capacetes, botas, jaquetas, luvas e acessórios.”
Estrutura e marcas presentes
O Festival ocupou uma área de 19 mil m², sem contar os espaços de test ride e o estacionamento exclusivo para motos. Entre as marcas presentes estavam: Bajaj, BMW, Can-Am, Cavaletta, CF Moto, Dafra, Fun Motors, Gotrix, Harley-Davidson, Haojue, Kawasaki, Polaris, Royal Enfield, Sea-Doo, Suzuki, Triumph, Yadea e Zontes, além de empresas de acessórios, peças, serviços e vestuário.
A edição de 2025 também firmou uma parceria estratégica com a Suotong, Pavilhão Chinês, ampliando o intercâmbio internacional e criando novas oportunidades de cooperação entre empresas brasileiras e chinesas. As marcas oficiais do Festival foram Repsol Lubrificantes, Royal Enfield, com a Shotgun 650 como moto oficial, e MT Helmets.
Apesar da ausência de duas grandes fabricantes que eram aguardadas, a diversidade de expositores, lançamentos e produtos garantiu uma experiência completa para o público, conectada às tendências do mercado.
Negócios e aftermarket em alta
O espaço de rodadas de negócios aproximou montadoras, fabricantes, distribuidores e lojistas, consolidando o ambiente como ponto estratégico de networking. Já a Megastore Moto Brasil ganhou protagonismo, fortalecendo o varejo e registrando grande movimentação. O sucesso abriu caminho para um novo projeto:
“A iniciativa abriu caminho para um novo projeto: a criação de uma unidade própria da loja no bairro do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, com previsão de inauguração até dezembro deste ano”, adiantou Lorenzo.
Esse cenário reforça a importância do aftermarket, que teve destaque em um ano marcado por crescimento do setor: em 2025, o Brasil registrou alta de 12,18% nos emplacamentos (Fenabrave) e 12,4% na produção nacional (Abraciclo), o melhor resultado em 14 anos.
Entretenimento, cultura e experiências
A programação foi marcada por atrações musicais de peso: Alex Cohen encerrou a noite de sexta-feira; no sábado, a banda Faixa Etária levantou o público com clássicos do rock; e no domingo, a Black Monkees emocionou os presentes com um tributo ao Oasis.
Entre as atrações mais esperadas, o Globo da Morte da Família Bala voltou a impressionar, assim como os shows de wheeling da equipe Angel’s Wheeling Show. Já o espaço de test ride contabilizou 1.020 participações, oferecendo ao público a chance de pilotar modelos a combustão e elétricos, incluindo os da Yadea. A tirolesa e as competições de Moto Habilidade, com estreia da categoria feminina, e Marcha Lenta completaram o pacote de adrenalina.
Na parte cultural, a exposição de motos antigas emocionou os visitantes, especialmente no REVIVAL Jacarepaguá, que resgatou a memória do histórico autódromo. O público pôde conferir raridades como a Motrax Speedway (1954) e ainda encontrou personalidades do motociclismo, como William “Cabelinho” James e o jornalista João Mendes, que lançou livro no evento.
Turismo e impacto social
Além do Riocentro, o Festival movimentou a cadeia turística do Rio de Janeiro. Hotéis, restaurantes, transporte e serviços sentiram o impacto positivo. A HT MotoTurismo (Curitiba-PR) registrou forte procura, com destaque para pacotes da histórica Route 66, que completa 100 anos em 2026.
O evento também manteve sua veia social com a campanha “Doe e Ajude a Salvar um Animal de Rua”, em parceria com a ONG Entre Pegadas, e atividades de cinoterapia com cães de terapia, emocionando famílias e motociclistas.
Digital e rides
No ambiente online, a Garagem Digital, liderada por Danilo Sacramento e Eliana Malizia, somou forças a 40 influenciadores e jornalistas. O perfil oficial do Festival ultrapassou 800 mil visualizações em apenas 24 horas. O podcast Buzina Molhada foi outro destaque, levando a energia do evento a todo o Brasil.
Os rides também foram protagonistas: o 2º Ride On The Beach percorreu 21 km da orla carioca até o Riocentro, enquanto o passeio do Garagem Digital explorou paisagens da Serra da Grota, Guaratiba, Prainha e Recreio. Marcas como BMW, Harley-Davidson, Royal Enfield, Triumph e Zontes também promoveram seus próprios passeios pela cidade.
O Festival Moto Brasil 2025 consolidou-se como um encontro que vai além das motos: é cultura, turismo, negócios, adrenalina e responsabilidade social. A organização já confirmou a edição de 2026, novamente no Riocentro, prometendo ainda mais novidades e experiências para motociclistas e apaixonados pelo universo sobre duas rodas.
Quevenha o Festival Moto Brasil 2026! 🚀🏍️





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